21 de abril de 2020
A situação dos camponeses do perímetro irrigado Jacaré Curituba localizado no município de Poço Redondo, e do perímetro irrigado Califórnia localizado em Canindé do São Francisco está extremamente preocupante. Nesse meado do mês de abril têm sido comuns às cenas de alimentos derramados nas estradas e o desespero dos agricultores que necessitam vender sua produção para ter o sustento de suas famílias e condição para seguir produzindo alimento para o abastecimento popular.
Nesses tempos de Coronavirus, estamos vendo crescer as dificuldades para assegurar, sobretudo a comercialização da produção de acerola, macaxeira e quiabo que são os principais cultivos implantados nos perímetros e fornecidos em grande escala para os centros comerciais de Aracaju e Salvador, entre outras cidades dos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Bahia. Vale destacar que os perímetros são também responsáveis por uma grande quantidade de variedade de outros alimentos que chegam, sobretudo nas feiras livres da região.
Os projetos de irrigação foram na década de 80 um grande diferencial no Nordeste, em especial na região semiárida, e seguem ainda cumprindo com um papel importante na produção de alimentos. Devemos refletir sobre sua importância na movimentação da economia dos municípios, na geração de trabalho e renda no campo, bem como seu papel no abastecimento popular.
Estudos realizados mostram que os dois perímetros dos quais estamos tratando, produzem por dia mais de 18 mil quilos de alimentos. Em depoimentos de agricultores e intermediários da comercialização, podemos constatar que mais de 5 mil caixas de acerola foram perdidas nesta semana considerada a mais importante do pico da produção dessa fruta. Em tempos regulares os agricultores teriam comercializado uma quantidade de nove caminhões de acerola, cada um com media de 600 caixas. Todos os agricultores estão extremamente preocupados com seus planos de produção, necessitam dessa renda para manter famílias e a produção.
Diante desse cenário os agricultores reivindicam dos governos um plano emergencial para amenizar os efeitos da crise nos perímetros que reuni as condições para seguir produzindo alimento e fornecendo para população, visto a fome que se avizinha no país e no estado. Assim reivindicam: a) programa de comercialização; b) estruturação de agroindústria na região para beneficiamento dos produtos; c) isenção das taxas de agua para irrigação; d) programa de credito; reestruturação imediata do sistema de bombeamento de água dos perímetros para não prejudicar ainda mais a produção.
Muitos são os desafios colocados para os camponeses dessa região semiárida e do estado de Sergipe. É necessário que o estado cumpra o seu papel diante desse cenário.
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