29 de junho de 2016
Desde 2011 os movimentos sociais e populares, redes e organizações ligadas a saúde, ao todo mais de 60 organizações, vêm denunciando a quantia exorbitante de venenos que a população brasileira consome na água e nos alimentos, segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), cada brasileiro consome em média 7,5 litros de veneno por ano. Como se isso já não fosse suficiente, o presidente interino ‘golpista’ Michel Temer sancionou ontem (28) a Lei nº 13.301/2016, que dispõe sobre medidas de controle do mosquito Aedes Aegypti com pulverização aérea.No texto da Lei consta a “permissão da incorporação de mecanismos de controle vetorial por meio de dispersão por aeronaves mediante aprovação das autoridades sanitárias e da comprovação científica da eficácia da medida“. Isso quer dizer, vem chuva de venenos não só nas lavouras, mas sim, sobre nossas cabeças.
Além dos movimentos sociais e populares, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, a Abrasco, Consea, Consems, Conass, Fiocruz e o próprio Ministério da Saúde se posicionaram contra a proposta, porém os interesses dos ruralistas e do governo golpista falaram mais alto. Afinal a proposta veio justamente do Sindicato de Aviação Agrícola (SINDAG) que apresenta uma queda de 20% na venda de agrotóxicos.
Já é sabido que a pulverização aérea para o controle de vetores é ineficiente e perigosa, pois não atinge apenas os mosquitos. Quando se trata da saúde da população exposta a essa pulverização os efeitos são nefastos, informações estas já publicadas no Dossiê da Abrasco.
Com a medida aprovada pelo governo (não-eleito, ilegítimo e temporário) Temer autoriza a pulverização de agrotóxico diretamente sobre regiões habitadas, atingindo residências, escolas, creches, hospitais, clubes, feiras, comércio de rua e ambientes naturais, lagos, lagoas, bem como, as centrais de fornecimento de água para consumo humano. Enfim, atingirá as pessoas onde quer que elas estejam indiferentes da sua condição física, humana ou motora, como idosos e crianças.
Para os camponeses essa condição torna-se ainda pior, pois grande parte de sua produção de alimentos é feita por meio da Agroecologia, logo, com as pulverizações aéreas essas lavouras também serão contaminadas. Mesmo que a lei aprovada exija a admissão das autoridades sanitárias, sabemos que não demora muito para os interesses nefastos da Bancada Ruralista estarem acima do bem-estar das populações urbanas, do campo, das águas e da floresta e da Soberania Alimentar.
Por Comunicação MPA
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