13 de julho de 2017
Ativista social falecido em 2016 foi relembrado e homenageado no palco da Feira de Economia Solidária, em Santa Maria.
Ele esteve presente em todas as 13 edições da Feira Latino Americana de Economia Solidária e em boa parte das 25 edições da Feira Internacional do Cooperativismo, em Santa Maria (RS), no Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter. Integrou-se como poucos a ideia do evento, ao seu programa e a sua missão. Mas em 2017 suas passos curtos não foram notados pelos corredores, seu olhar ao mesmo tempo doce e desafiador não percorreu o espaço democrático das exposições. Ao mesmo tempo, porém, ainda que ausente no plano físico, ele se fazia representar pelo tamanho da sua obra, que permanece e segue em frente. O profeta dos catadores, Irmão Antonio Cechin, falecido em novembro de 2016, foi lembrado por Irmã Lourdes Dill e Frei Sergio Gorgen no palco principal, foi cantado pelo músico Antonio Gringo e, por fim, saudado pelo público com três sonoros gritos de “Presente!”
– Ele fazia questão de estar na feira, participar, interagir -, relembrou irmã Dill. “Estava integrado com todas as nossas pautas, como a economia solidária, com a agricultura familiar camponesa, o resgate da semente crioula, da saúde pela natureza, entre outras bandeiras que nos são tão importantes”, acrescentou.
Abraçados e emocionados, Görgen e Dill seguraram juntos a publicação do Instituto Cultural Padre Josimo que retoma a memória da vida, luta e obra do irmão marista Antonio Cechin. Entre outras referências, ele foi fundador da CPT-RS (Comissão Pastoral da Terra do Rio Grande do Sul), militante dos movimentos sociais, fundador da Pastoral da Ecologia, da ONG Caminho das Águas, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criador da Romaria da Terra e da Romaria das Águas e idealizador da missa em honra a Sepé Tiaraju.
– Lembrar pessoas como o Irmão Antonio Cechin é fazer memória das grandes lutas -, refletiu Frei Sergio, citando a importância de Cechin para a Teologia da Libertação. “Em 1962, juntamente com Hugo Asmann, ele já discutia a Teologia da Libertação em Porto Alegre”, que depois seria apresentada como catequese libertadora em 1968 para os bispos presentes na Conferência de Medelin”, citando um entre tantos fatos simbólicos que através do exemplo de Cechin fazem valer a doutrina social da igreja, que hoje se renova nos desafios do Papa Francisco para o nosso tempo, em especial no que diz respeito a terra, trabalho e teto.
Por Marcos Corbari Jornalista/MPA
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