1 de maio de 2017
Os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, 40 milhões, estiveram em luta em todo Brasil neste 28 de abril, em todos os rincões até as capitais, juntos escreveram uma página importante da sua, da nossa história. A #GreveGeral foi a maior de toda história do país, e ela ocorre há 100 anos da 1º Greve Geral e há 21 anos da última Greve Geral realizadas no país.
Os camponeses e camponesas do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) estiveram nas praças, no comércio, espaços, órgãos e instituições públicas, mas principalmente mostrou sua força nas ruas e trancando rodovias nacionais e estaduais, montou acampamento, fez bandeiraço, panfletagem e a juventude camponesa deu um show em animação e agitação e propagando. A greve geral foi travada também na disputada da narrativa pela comunicação, a hastag utilizada de maneira alinhada por todos os veículos, meios, ativistas e os chamados influenciadores digitais do campo progressista, ficou mais de 10 horas no 1º lugar entre os assuntos falados nas redes e chegou a desbancar sucessos da indústria cultural norte-americana.
Em atos massivos, com milhares de pessoas em grandes, médias e pequenas cidades pelo país. Os camponeses e camponesas do MPA, fincaram a bandeira em cada canto dessa país, o Brasil ficou pequeno. Estivemos em 15 Estados com ações em mais de 50 lugares, sem contar as ações de agitação e mobilização que foram realizadas na semana. Confira onde e o que foi realizado em cada lugar, aproveite e faça um passeio pelas ações deste dia histórico, 28 de Abril.
Vamos lá!
Na Bahia, em Vitória da Conquista, os manifestante concentram-se na Praça Barão do Rio Branco de onde saíram em marcha pelas ruas da cidade, o resultado foi, rodoviários, bancários, professores das redes públicas e privadas, de faculdades e universidades, todos parados.
Na capital, Salvador, mais de 40 mil manifestantes foram as ruas, trancaram rodovias, reuniram-se em praças públicas, fecharam escolas, fábricas e o comércio, assim como, a Sede Administrativa da Petrobras na cidade. Ações em que os camponeses do MPA somaram-se as lutas com os companheiros do SINDPETRO e MSTS.
Em Jacobina, Cruz das Almas, Antônio Gonçalves, Malhada de Pedras, Santo Antônio de Jesus e Caldeirão Grande os manifestantes tomaram as ruas pintando-as de luta. São camponeses, trabalhadores e estudantes com faixas, cartazes, bandeiras e palavras de ordem de “Fora Temer” e “A Previdência é Nossa”, denunciando as ataques aos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Em Goiás, os camponeses/as do MPA somaram-se aos mais de 10 mil manifestantes, trabalhadores do campo e da cidade em Goiânia onde realizaram a concentração em frente à Assembleia Legislativa do Estado e saíram em marcha pelas principais ruas da cidade, contra as reformas da previdência, trabalhista e a terceirização irrestrita impostas pelo governo não eleito de, Michel Temer.
Em Minas Gerais o MPA somou-se as mais de 50 mil pessoas que ocuparam as ruas de Belo Horizonte, contra as reformas trabalhistas e da previdência. Mesmo após o golpe, e com forte chuva durante toda manhã, a capital mineira amanheceu com as ruas tomadas por manifestantes em defesa da Democracia e do Poder Popular.
No Ceará, camponeses, sem-terras e demais trabalhadores do campo e da cidade realizaram uma passeata pelas principais avenidas de Icó. O ato foi encerrando no centro da cidade, denunciando a Reforma da Previdência, a Reforma Trabalhista e a Terceirização. A manifestação foi organizada pelo MPA, STTR, MST, STTR, servidores e professores municipais, estudais e federais, estudantes, agentes de saúde, agente endemias, artistas locais, Igreja Católica, CEBS e as pastorais sociais: CPT, PJMP e Pastoral da Criança.
No Espirito Santo, mais de 10 mil trabalhadores/as campo e da cidade, fazem greve geral na capital capixaba, Vitória, onde paralisaram a BR 101 e ocuparam as avenidas, em Guarapari e na Reta da Penha e foram recebidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com bomba de efeito moral e gás lacrimogênio. As manifestações foram organizadas pelo MPA, MST, PJR, PJ, CUT, FETAES, FETRACS, MAB, Educação do Campo, Levante Popular da Juventude, UFES, STR’s, MMC, SINTRACONST, CONTAG, SINTICEL, Via Campesina, SINDIUPES, Consulta Popular, Sindicato dos Enfermeiros, Frente Brasil Popular, entre outros. A Brigada de Juventude Camponesa do MPA Derli Casali, esteve na capital desde o dia anterior dialogando com a população, chamando para a Greve Geral e realizando ações de agitação e propagada.
No Pernambuco, Ouricuri, no Sertão do Araripe amanheceu marchando contra a Reforma da Previdência. O ato foi organizado pela Fetape e Sindsep, com a adesão dos camponeses/as do MPA e demais trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade que ocuparam a Agência do INSS da cidade. Em Serra Talhada, mais de 4 mil camponeses/as do MPA, trabalhadores/as da Contag, FETAPE, Sindicatos de Serra Talhada, SINPRO, MST e demais organizações que fazem parte da Frente Brasil Popular, ocuparam a Câmara de Vereadores do município e realizaram uma Audiência Pública.
No Piauí, as manifestações começaram bem cedinho com trancamento da BR 316, pelo MPA, Levante Popular da Juventude, Sindicatos dos Servidores Públicos, FETAG, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, estudantes, professores, representantes dos partidos, sindicatos e a população em geral. De lá seguiram em marcha pela Avenida Getúlio Vargas, até a Agência do INSS, onde denunciaram a Reforma da Previdência e convencendo os comerciantes a fecharem seus estabelecimentos. A Juventude Camponesa organizou intervenções de agitação e propaganda, dando assim a oportunidade dos trabalhadores/as entrevistam, Temer. O resultado, contra as medidas adotadas por esse governo não eleito, e que tem 92% de rejeição, os direitos dos trabalhadores do campo e da cidade ficam, Temer sai.
No Paraná, mais de 300 trabalhadores do campo e da cidade estiveram em luta durante todo o dia no município de Pinhão. Pela manhã foi organizado uma concentração no SIFUMPI (Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Pinhão), de onde os manifestantes seguiram em marcha pelas principais ruas cidade. Após o almoço a concentração deu-se em frente ao Banco do Brasil e Itaú, de onde saíram novamente em marcha pelas ruas da cidade. Onde também foram realizadas panfletagem, música ao vivo, fala de lideranças, coreografia de dança e muito diálogo com a sociedade.
No Rio de Janeiro, o dia nem tinha amanhecido e o Levante Popular da Juventude e o MPA já estavam com Radial Oeste trancada. Já no fim de tarde, os manifestantes foram para a praça mais popular do Rio, a Cinelândia onde a Polícia Militar partiu para cima dos manifestantes com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás lacrimogênio, seguida de uma “caça a militância”. Ainda durante a semana o MPA participou da VI Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) campus Praia Vermelha.
Em Rondônia, na capital, Porto Velho, mais de 7 mil trabalhadores do campo e da cidade, entre eles os camponeses e camponesas do MPA, tomaram as principais ruas contra a Reforma da Previdência e Trabalhista. A tarde foi realizado panfletagens em toda cidade. Em Ariquemes, os manifestantes marcharam pelas principais ruas do centro contra os retrocessos do governo não eleito de Temer. As manifestações foram protagonizadas pelo MPA, MAB, MST, CUT, estudantes, professores e demais sindicatos e federações que compôs a Frente Brasil Popular. Em Alta Floresta do Oeste, mais de 130 manifestantes bloquearam a BR-364 no Trevo que dá acesso a Rolim de Moura e Presidente Médici, a ação foi protagonizada pelo camponeses e camponesas do MPA de Alta Floresta e Santa Brasilândia, turma de Educação do Campo Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), estudantes, professores e integrantes das Igreja locais.
A BR 364, que dá acesso aos Estados do Amazonas e Acre ao Norte e ao Sul, com o Estado do Mato Grosso, também foi trancada por camponeses, sem-terras, atingidos por barragem e demais trabalhadores que integram a Via Campesina e a Frente Brasil Popular. Em todo Estado, diversos municípios amanheceram com os trabalhadores de braços cruzados, dezenas de categorias aderiram à greve e saíram as ruas.
No Rio Grande do Sul, em Santa Cruz do Sul, camponeses/as do MPA saíram em marcha contra a Reforma da Previdência, Trabalhista e a Terceirização. Já em Encruzilhada do Sul, mais de 300 camponeses, sem-terras e demais trabalhadores do campo e da cidade que integram a Via Campesina e a Frente Brasil Popular, trancam a BR 471 contra os retrocesso do governo não eleito de Temer.
No Noroeste do Estado, Seberi, mais de 2,5 mil camponeses/as do MPA, centrais sindicais, bem como, trabalhadores do campo e da cidade trancaram a BR 386. O acesso as Rodovias Estaduais que ligam Erval Seco e Rodeio Bonito, há 50 metros da Polícia Rodoviária Federal, permaneceram por um tempo maior trancadas. Em ambos com casos, os serviços de urgência e emergências foram liberados. No dia anterior a juventude camponesa do MPA realizou uma panfletagem pela cidade informando a população.
Em Ibiraiaras, os camponeses/as do MPA e demais movimentos da região, trancaram nos dois sentidos a BR 285, tudo ficou parado, exceto os serviços de urgência e emergência. Em Boa Vista das Missão, mais de 1000 camponeses e trabalhadores urbanos, realizaram o trancamento da BR 386 na altura do km 73, onde também foi montado um acampamento desde do dia anterior, 27/04. Na manhã do dia 28, uma fogueira foi acessa para espantar o frio dos manifestantes. Nos dois dias, os serviços de urgência e emergência não foram barrados.
Em Canoas, camponeses/as do Movimento, petroleiros/as FUP, desde cedo trancaram a BR 116 e a Refinaria Alberto Pasqualini (REFAP) no município. Em Três Passos, mais de 2000 pessoas trancaram o trevo entre a Santo Augusto e Três Passos. O MPA e demais organizações da região puxaram as ações contra os retrocesso do governo, Temer.
Em Porto Alegre, trabalhadores do campo e da cidade ocuparam as ruas da cidade desde manhã, assim como, todas as garagens permaneceram em mobilização e trancadas, e, com o Trensurb (Metrô de Porto Alegre) parado. As manifestações seguiram à noite pelas ruas no centro da capital gaúcha.
Em Agudo, mais 400 pessoas estiveram em luta, entre as organizações estão: o MPA, Sindicatos do Professores Municipais de Agudos, vereadores e vice prefeito dos municípios da região, a EMATER participaram quanto sujeitos, Sindiágua, Associação das Trabalhadoras Rurais, Associação da Juventude Rural, Rádio Agudo, Rádio Integração, Rádio Alternativa FM, CEPRS, Sindicatos, Cresol e muitas pessoas que não fazem parte de nenhuma organização. Pela manhã as manifestações foram no Trevo de Acesso a Agudo na RSC 287 e pela parte da tarde, os trabalhadores oram para os municípios de Paraíso e Agudo onde formam realizadas visitas nas prefeituras, aos comércios, pois alguns aderiram à greve e outros não, dialogando com a população, patrões e empregados, assim como, uma panfletagem pelas cidades com o objetivo de informar sobre a greve mas também sobre as reformas impostas por Temer. Na oportunidade deu-se início a um abaixo assinado que vai continuar sendo feito até a semana da votação na Câmara dos Deputados Federais. “Foi uma luta conjunta de vários movimentos, é a primeira vez que a gente conseguiu fazer isso na região, foi muito importante por isso. Foi muito boa a nossa luta, pela primeira vez conseguimos fazer uma luta conjunta e que foi muito importante cada um fazendo sua parte fica sempre mais bonito”, explica a camponesa e dirigente do MPA, Rosieli.
Em Santa Catarina, em Águas de Chapecó, no oeste, camponeses/as do MPA, atingidos e atingidas por barragens do MAB, e integrantes das demais organizações, sindicatos e federações que fazem parte da Frente Brasil Popular, marcharam pela Rodovia SC 283 denunciando a Reforma da Previdência. Em Dionísio Cerqueira, na divisa com a Argentina e o Paraná, mais de 1500 manifestante das organizações que compõe a Frente Brasil Popular, marcharam pelas principais ruas da cidade, denunciando as Reforma da Previdência, Trabalhista e a Terceirização, propostas pelo governo não eleito de Temer.
Em Maravilha, mais de 2,3 mil trabalhadores foram às ruas pressionar o deputado Celso Maldaner, que é da região, à votar contra a Reforma da Previdência. Os manifestantes ainda realizaram o trancamento da BR 282 que liga os municípios de São Miguel do Oeste, Chapecó e dá acesso ao Rio Grande do Sul. Em Curitibanos e Saltinho camponeses e demais trabalhadores do campo e da cidade marcharam pelas principais ruas da cidade denunciando os retrocessos impostos pelo governo não eleito, Michel Temer.
Em Sergipe e Alagoas, trabalhadores de diversos movimentos camponeses e sindicais, dos dois Estados, amanheceram no clima de muita luta, mantendo o percussão, na marcha da Greve Geral. Foram mais de 1200 trabalhadores, fechando a Rodovia de Xingo que liga SE e AL contra a Reforma da Previdência, Trabalhista. “O ato mostra que já são muitos os trabalhadores e trabalhadoras do país que perderam a paciência com as medidas antipopulares do governo não eleito, Michel Temer, que ameaça o presente e o futuro das gerações! Hoje vemos as bandeiras mais vermelhas, as consciências puxando a rebeldia e animando os trabalhares na marcha da esperança e da resistência!”, destacam os manifestantes.
As ações formam organizadas pelo MST, MPA, FETAM-SE (Federação dos Servidores Públicos Municipais da Estado de Sergipe), SINDPREV (Sindicato da Seguridade Social), COOPPABAC (Cooperativa Pequenos Agricultores), SINTIETFAL/AL (Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas) e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Canindé.
Por sua vez a Juventude Camponesa agitou as manifestações na Rodovia de Xingo e mais ainda, no município de Nossa Senhora da Gloria, contra as reformas dos golpistas. Ali, no Sertão Sergipano, cerca de 200 camponeses demonstram indignação e revolta com o governo golpista e suas reformas. Por sua vez, os comerciantes foram convidados a fecharem suas lojas em arrastão pela cidade. A juventude da Caravana Nacional de Agitação e Propaganda do MPA esteve à postos animando e dando cores às ruas da cidade.
Em São Paulo, há quem diga que formou-se um formigueiro humano. Foram mais de 70 mil trabalhadores do campo e da cidade que iniciaram as ações quando o dia ainda não havia amanhecido.
Entre os locais em que o MPA somou-se as manifestações, está o trancamento da Avenida 23 de Maio, de onde ecoou, “ohooo o trabalhador eu não quero te ver contente, vem barrar essa reforma com a gente. Que o Michel Temer, tú sabe, ele não tem moral. Reforma da Previdência é processo para geral”, está ação foi organizado pelo MAB, Movimentos Moradia, MPA, Consulta Popular, Levante Popular da Juventude e MST. Já ao fim da tarde, o Movimento somou-se as manifestações no Largo da Barata, a qual construída pelas organizações e entidades que fazem parte da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.
Durante a semana os camponeses e camponesa do MPA realizaram, junto com os Movimentos Populares e Sociais da Frente Brasil Popular, panfletagens convocando a população para a greve geral, nos mais diversos lugares: Estações do Metrô, Rodoviárias e demais espaços públicos de São Paulo.
Por Comunicação MPA
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