18 de agosto de 2016
Não resta dúvida que nossos recursos naturais nunca pertenceram e jamais estiveram a favor do povo, desde da época da invasão europeia e as embarcações Cabrália chegaram aqui nossas riquezas foram exploradas e estiveram a serviços do capital financeiro. O nosso Ouro Negro (petróleo) a poucos dias foi entregue por mixaria a empresas estrangeiras.
Todos nós sabemos que nosso país possui uma grande riqueza hídrica, mais o uso desenfreado e o modelo de exploração dessa fonte aponta para uma grandiosa crise hídrica e esse recurso natural será chamado mundialmente de Blue Gold, ou seja, para nós Ouro Azul.
Essa crise já é bastante sentida na sociedade com o crescimento dos conflitos pela água em várias comunidades tradicionais que estão perdendo seu espaço de sobrevivência devido a invasão do investimento estrangeiro nessas áreas, e o que dizer do nosso povo ribeirinho do Velho Chico, que ao longo dos anos vem sendo expulsos de suas comunidades para dar espaço as grandes barragens, que além de perder seu território, provoca um grande impacto cultural.
Povos esses perdem aos poucos sua principal fonte de sobrevivência o seu eterno Ouro Azul, e é justamente isso que está ocorrendo atualmente, a CHESF órgão que gerencia a produção energética do Rio São Francisco vem reduzindo frequentemente a vazão do Velho Chico com o objetivo de garantir água suficiente nos reservatórios para produção energética.
Esse procedimento vem de forma lamentável reduzindo ainda mais o nível de água do Velho Chico causando cenas triste que os ribeirinhos do Baixo São Francisco vêm presenciando, vendo a cada dia o rio secando, praticamente não navegam com seus barcos, não conseguem lugar para lançar suas redes e cada vez mais ficando difícil sua sobrevivência nas suas comunidades.
O que a CHESF tem que sensibilizar é que a água deve ser usada para os múltiplos usos como diz a lei e não exclusivamente para a produção de energia como ela está fazendo, sabemos que a energia é importante, mas não mais urgentemente que pôr em prática um modelo energético que tem como prioridade atender as grandes empresas e as riquezas de poucos, não deve sacrificar a sobrevivência do nosso povo e ameaçar seu território.
Os ribeirinhos, camponeses lutam e gritam para que também deem um gole d’agua ao Velho Chico e devolvam suas águas para que continue sendo um rio forte, o rio das lendas, das belas canções e seu povo não percam a esperança de ser sempre um ribeirinho, uma ribeirinha.
Por Damião Rodrigues – MPA/SE
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