28 de março de 2022
Ed Rodrigues
ECOA | Recife (PE)
Uma ação do MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) tem levado comida a 19 mil famílias em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro. A campanha “Mutirão Contra a Fome” já distribuiu 300 toneladas de alimentos desde o início da pandemia da covid-19. O trabalho ocorre por meio de comitês populares, que organizam as doações.
Na capital fluminense, a cestas são disponibilizadas nas comunidades da Rocinha, Guararapes, Tavares Bastos, Morro dos Prazeres, Mangueira e Morro dos Macacos. As doações também chegam a Niterói, na comunidade Vila Projetada.
À Ecoa, Cristina Flores, da direção do MPA no Rio de Janeiro, disse que o Mutirão é uma ação nacional para levar alimentos agroecológicos para parcelas da classe trabalhadora urbana em situação de fome e insegurança alimentar.
Segundo ela, a fome sempre foi um tema debatido pelo MPA, já que mesmo em momentos em que grande parcela da classe trabalhadora acessava programas sociais de renda mínima, como o Bolsa Família, ou tinha emprego, a dificuldade em acessar alimentos saudáveis sempre esteve à espreita.
“Enquanto a agricultura familiar produz cerca de 70% dos alimentos que chegam às nossas mesas, o agronegócio atende à demanda global por commodities, que vive um boom de preços. Como resultado temos visto uma diminuição das áreas plantadas de arroz, feijão e mandioca, por exemplo”, disse Cristina.
Ela explicou que a ação se baseia na solidariedade de classe: parcelas da classe trabalhadora urbana doam recursos que financiam a produção das unidades camponesas, fazendo com que alimentos agroecológicos cheguem às famílias em situação de insegurança alimentar nas periferias das nossas cidades.
“Qualquer pessoa que queira colaborar doa recursos para a aquisição de alimentos produzidos pelas famílias camponesas, que assim podem permanecer no campo produzindo alimentos saudáveis e fazendo que com esses alimentos cheguem à periferia das cidades”, ressaltou.
Ainda de acordo com Cristina Flores, o trabalho é uma estratégia de uma aliança entre a classe trabalhadora do campo e a da cidade por soberania alimentar e poder popular. Ela destaca que a ideia central é estimular a solidariedade e, paralelamente, debater temas que afligem essas famílias, desenvolver hortas populares e oferecer suporte para que essas pessoas consigam acessar um emprego.
“Desde 2015, o MPA desenvolve no Rio de Janeiro o Sistema de Abastecimento Alimentar Popular, que tem como um dos eixos a comercialização de alimentos produzidos pelo campesinato por meio da Cesta Camponesa. As famílias atendidas pelo Mutirão Contra a Fome recebem os mesmos alimentos comercializados na Cesta e na Feira Camponesa, pois acreditamos que a comida de verdade deve ser um direito de todos e não um privilégio de poucos”, argumentou.
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