21 de março de 2018
Movimentos populares e sindicalistas se unem nesta quarta-feira, 21, na sede da Eletrobras, em Brasília, na luta contra a privatização da maior estatal elétrica da América Latina, na defesa da segurança energética, da soberania nacional e das águas.
O governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) anunciou ano passado um pacote de privatizações, colocando a Eletrobras na mira da iniciativa privada. A Eletrobras, responsável por mais da metade da energia elétrica consumida no país, controla 47 hidrelétricas, 114 térmicas (energia gerada a partir da queima de carvão, gás ou óleo), 69 eólicas e distribuidoras de energia de seis estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Piauí, Rondônia e Roraima. Destaca-se que estão entre os estados com menores IDH do país Piauí, Alagoas e Acre.
O projeto de desestatização deixa de considerar a energia como um bem social, na ótica de um serviço estatal cooperativo, transformando-a unicamente em mercadoria, dependente das oscilações da oferta e demanda, comandada apenas pela perspectiva do lucro.
A privatização, por si só, restringe o acesso a energia pela população com menor renda, visto que, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) a entrega das estatais à iniciativa privada impactará, inicialmente, as contas de energia em, no mínimo, 17%, assim, a população, que ainda se encontra excluída energeticamente, permanecerá à luz da lamparina.
A tarifa social, que garante descontos na conta de energia para pessoas de baixa renda e beneficia mais de 8 milhões de lares brasileiros, será extinta com base na proposta que altera o marco regulatório do setor elétrico. Segundo dados da Aneel, do total, 56% dos favorecidos pelo programa estão no nordeste e 24% no sudeste.
Privatizar a Eletrobras significaria, também, a perda da gestão sobre a vazão de rios, o que envolve a gestão do uso múltiplo das águas, como uso social, irrigação e navegação. Além do mais, existem uma série de usinas no coração da Amazônia, onde está um potencial a ser preservado. Deste modo, seria uma decisão trágica permitir que empresas estrangeiras, que também têm interesses nas riquezas das florestas brasileiras, atuem em um setor tão estratégico para o País.
Os mais de 600 manifestantes estão reunidos no Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), com a participação de 170 países e 183 organizações. O FAMA é um evento internacional, democrático e que pretende unificar a luta contra a tentativa das grandes corporações em transformar a água em uma mercadoria, privatizando as reservas e fontes naturais de água, colocando este direito como um recurso inalcançável para muitas populações, que, com isso, sofrem exclusão social, pobreza e se vêm envolvidas em conflitos e guerras de todo o tipo.
Por Comunicação FAMA 2018
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |