23 de março de 2018
O Fórum Alternativo Mundial da Água – FAMA 2018, realizado em Brasília, no parque da cidade e Universidade de Brasília (UnB), no período de 17 a 22 de março, envolveu mais de 7 mil pessoas, entre eles 170 representantes de outros países contemplando os 5 Continentes e 4 mil pessoas se manteriam no acampamento. Todos afirmando a luta dos povos pela água e denunciando as empresas que buscam cada vez mais se apropriar dos recursos naturais, sobretudo da água, colocando assim numa condição de mercadoria a ser vendida em balcão.
A construção do FAMA 2018 dá-se de longas datas, ainda em 2017, buscando sempre construir a unidade, o maior evento mundial sobre a água foi organizado por 37 entidades ligadas aos povos e comunidades tradicionais, indígenas, camponeses, mulheres, religiosos, movimentos sociais, sindicais e ambientais, ONGS e comitês criados nos Estados para o fórum. Entre elas está o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) que com entorno de 200 camponeses e camponesas, distribuídos nas mais diversas tarefas, somaram na construção e realização do evento.
A programação do FAMA 2018 contemplou mais de 200 atividades entres palestras, debates, seminários, painéis, atividades autogestionadas, assembleias, atividades culturais, feira, ocupações de empresas como coca cola, Nestlé, atos contra a privatização da Eletrobrás e a Rede Globo. Um dos destaques do evento foi o povo expressando os problemas que enfrentam cotidianamente, suas lutas de resistências.
Durante os seis dias o Fórum Alternativo assegurou o debate sobre diversos temas centrais: defesa pública e controle social das fontes de água, o acesso democrático a água, a luta contra as privatizações das empresas e dos mananciais, as barragens e em defesa dos povos atingidos, serviços públicos de água e saneamento, as políticas públicas necessárias para o controle social do uso da água e preservação ambiental, que garanta o ciclo natural da água em todo o planeta, assim como apontou saídas e desafios para a luta nos próximos períodos, visto a atual conjuntura do Brasil e do mundo.
“Com o tema “Água é direito, não Mercadoria” o FAMA 2018 contrapôs o debate que o Fórum Mundial da Água – FMA, organizado pelas cooperações e Chefes de Estado buscaram fazer nesses mesmos dias em Brasília. O governo explicitando mais uma vez suas reais intensões com os recursos naturais do país, que deveriam estar sobre o controle do povo”, explica Rafaela Alves do MPA.
No dia 22 de março, dia internacional da água, quando encerrou-se o FAMA em Brasília, vários trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, em diversos cantos do Brasil e do mundo, também deram seu grito pela água ao realizar atos diversos. “Água é direito, não mercadoria!”, assegurando que a luta em defesa da água para todos segue em todos os cantos do país e pelo mundo a fora.
Para Leomárcio do MPA, entre as definições do evento estão, “quais lutas serão o foco para o próximo período, assim como a compreensão de quem são nossas ameaças, apontando as ações de denúncias e também ações propositivas”.
A carta final do evento, divulgada pelas organizações que convergiram na construção da luta pela água, apontam os compromissos fundamentais de manter em luta, enraizar os processos de construção até aqui realizados e manter a mobilização viva. Assim como, reafirma a luta contra qualquer privatização e o estabelecimento de propriedade privada da água. O FAMA defende a água como um bem comum, ou seja, que deve ser controlado e estar a serviço do povo, reforçando o lema do encontro: “Água é direito, não mercadoria”.
Por Comunicação MPA
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