14 de fevereiro de 2017

Na manhã desta segunda-feira, 13, o Coletivo de Mulheres do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) no Piauí realizou uma assembléia com mais de 50 camponesas de vários municípios com o objetivo de debater sobre a violência e previdência social. Nesta mesma data, o Coletivo de Juventude do Movimento no Estado realizou um momento de formação com a juventude camponesa.

Durante a assembléia foi realizado uma conversar, acompanhada de debate sobre a violência doméstica e as diversas formas de violência que as mulheres enfrentam no seu dia a dia. As mulheres tiveram a oportunidade de se expressar, interagir mesmo que de forma tímida sobre o tema, porém o momento foi avaliado de muita importância entre elas.

O porquê de debater sobre o tema está relacionado à atual conjuntura política que o país vive. Na medida em que avança a retirada de direitos, a violência, a intolerância e o preconceito aumentam e quem mais sofre são as mulheres. Então, faz-se necessário se organizar e fazer enfrentamento, principalmente contra os golpistas, precisamos dar uma resposta para a sociedade e dizer que nós não aceitamos nenhum direito a menos, afirmam as mulheres em assembléia.

Nesta mesma data o Coletivo de Juventude do MPA no PI também realizou um momento de formação com a juventude camponesa. Entre os objetivos está à organização do coletivo a formação de brigadas no Estado para somar na construção do Mutirão da Esperança Camponesa. Como explica a jovem camponesa do Movimento, Francisca Sousa, que também contribui na coordenação do Coletivo de Juventude.

– “Estamos estruturando as brigada de juventude aqui no Estado e nesta formação definimos que vamos trabalhar com três brigadas regionais e uma estadual. Já estamos com uma peça de teatro montada com a qual vamos trabalhar no Mutirão da Esperança Camponesa, assim como, vamos levar essa brigada para a capital do Estado”, explica Francisca.

A juventude no PI também está estruturando o Coletivo de Juventude e as Brigadas que irão cumpri um papel fundamental neste processo. A tarefa não é fácil, mas estamos na luta, pois nosso papel é organizar e conscientizar nossa juventude para que ela possa fazer o trabalho com a base e também com as massas, que é um trabalho fundamental dentro e na nossa história, principalmente neste momento de retrocessos que a gente vive e a juventude precisa estar preparada para fazer esse debate com o povo, explica a jovem camponesa.

Francisca ainda faz uma denuncia, “infelizmente as notícias que temos recebi é pela Rede Globo e a gente sabe que a Globo não informa, ela desinforma, então, o papel fundamental da juventude é saber dialogar tanto com as bases quanto com as massas, é organizar-se tanto no campo como na cidade, então nós estamos fazendo este papel aqui no Estado de organizar, de conscientizar e aí sim fazer o debate com o povo”.

Ambas as atividades foi realizada durante o Encontro de Lideranças e Mutirão da Esperança Camponesa, que teve início no dia 11 e se estendeu até esta data, 13 de fevereiro, no Auditório do Instituto Federal do Piauí (IFPI), em Picos.

Por comunicação MPA