MPA lança sua cartilha para a Cúpula dos Povos na COP30

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Acesse o formato digital no link abaixo. A Cúpula dos Povos é a nossa força, o nosso grito por justiça climática. A cartilha do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) é um instrumento para fortalecer esta luta histórica contra as injustiças sociais e ambientais impostas pelo modelo capitalista de desenvolvimento.

CARTILHA

Acaba de sair a cartilha “MPA e a Justiça Climática – COP30 e Cúpula dos Povos, em formato eletrônico, com 12 páginas e sete pontos principais no índice: O MPA na luta ambiental e climática; As raízes da crise; Quem sofre com a crise climática?; As “falsas soluções”; O que é a COP30?; O que é a Cúpula dos Povos?; Por que participar? e Como participar?.

A COP30, a ser realizada em Belém do Pará, de 6 a 21 de novembro de 2025, é a Conferência das Partes da ONU sobre mudanças climáticas. Nela, governos e corporações se reúnem para negociar medidas globais, que têm suas raízes no tratado de 1992 e foram estendidas pelo Protocolo de Kyoto (2005) e o Acordo de Paris (2015).

No entanto, suas decisões são frequentemente pautadas por interesses econômicos e soluções de mercado. A sociedade civil pode participar da COP passando por um processo de credenciamento de entidade representativas, não é um processo simples, nem fácil. Mas a melhor forma de atuar nesta agenda é estar organizado e fazer a luta por nossas pautas junto ao estado brasileiro, desde a luta local até a nacional.

Já a Cúpula dos Povos é um processo paralelo e autônomo à conferência oficial da ONU, organizado por movimentos sociais, povos indígenas, comunidades tradicionais e outros grupos da sociedade civil. Seu objetivo é dar voz e protagonismo a esses grupos, cobrando ações mais efetivas e justas e construindo soluções a partir da perspectiva dos territórios.

A Cúpula dos Povos, que ocorrerá de 12 a 16 de novembro de 2025, é um processo contínuo e não apenas um evento. Os movimentos sociais e organizações que compõem a Cúpula estão promovendo um processo preparatório e de mobilização para debater a perspectiva política da Cúpula e seus eixos de convergência.

O MPA, desde sua fundação, defende a agroecologia, a soberania alimentar e as sementes crioulas, em oposição à lógica predatória do agronegócio — responsável pelo avanço do “deserto verde” do eucalipto, pelo uso intensivo de agrotóxicos e transgênicos, e pela devastação dos biomas brasileiros.

Para o MPA, a crise climática é inseparável das crises ambiental e social. Ela aprofunda as desigualdades históricas, atingindo de forma desproporcional povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e camponesas. Por isso, a luta pela justiça climática está no coração de sua trajetória, ao lado da defesa da biodiversidade, da produção de alimentos saudáveis e da permanência das famílias no campo.