6 de setembro de 2025

XV Feira de Saberes e Sabores da Cultura Camponesa celebra agroecologia, tradições e resistência em Picos

Por Gabriel Coêlho e Josi Costa – Fotos: Geyrles Silva

No dia 5 de setembro, a Praça Josino Ferreira, no centro de Picos (PI), se transformou em um grande espaço de partilha, resistência e celebração com a realização da XV Feira de Saberes e Sabores da Cultura Camponesa, organizada pelo MPA Piauí. O encontro reuniu famílias camponesas, movimentos sociais e a comunidade local em torno da agroecologia, dos saberes ancestrais e da luta pela soberania alimentar.

Agroecologia como prática e resistência

A feira teve como objetivo valorizar a agricultura camponesa, fortalecer práticas sustentáveis e reafirmar a importância da alimentação saudável como contraponto ao modelo agroindustrial. Mais do que uma mostra de produtos, o evento demonstrou que é possível produzir em harmonia com a natureza e construir uma economia solidária, justa e popular.

Cultura, sabores e saberes compartilhados

Quem visitou a feira encontrou uma diversidade de produtos agroecológicos: alimentos livres de agrotóxicos, sementes crioulas, plantas medicinais, artesanato e comidas típicas. A programação também foi marcada por apresentações culturais, música e muito forró, reafirmando a forte relação entre a cultura popular e a vida no campo.

Espaço de formação e debate político

Segundo Sonia Costa, dirigente do MPA no Piauí, a feira vai além da comercialização de produtos: “é um espaço de formação política, que trata da soberania alimentar, do direito de decidir o que é produzido e consumido, valorizando mercados locais e o bem-estar das comunidades”. Nesse sentido, a programação contou ainda com debates, rodas de conversa e a presença de lideranças de movimentos sociais e representantes governamentais, fortalecendo a dimensão política da iniciativa.

Convite à comunidade

A organização estendeu o convite à população de Picos e região para participar ativamente, construindo reflexões sobre modelos sustentáveis de produção e consumo, e reforçando a relação direta entre camponeses e consumidores. A feira, portanto, reafirma-se como espaço de encontro, celebração e luta coletiva em defesa da vida no campo e da soberania alimentar.