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Comunicação MPAAUTOR(A)
Comunicação MPA12 de outubro de 2016
Na sociedade capitalista a educação tem um único fim, adestrar as pessoas para serem dominadas e reproduzir seus interesses. Historicamente no Brasil grupos e organizações sociais realizaram lutas significativas pelo direito a educação, luta pelo acesso e pelo modelo de educação que atendesse o interesse dos trabalhadores.
Porem a deficiência da educação no Brasil é um problema cultural, uma vez que se constituiu um pensamento da educação mercantil estudar pra ser empregado, para ser alguém na vida educar para o mercado de trabalho.
A revolução verde no Brasil buscou formar os jovens camponeses para serem técnicos orientadores dos pacotes tecnológicos, e os jovens urbanos para trabalhar nas grandes fabricas. Por outro lado, os filhos da burguesia se formaram em medicina e direito para cuidar da saúde dos trabalhadores e defender a justiças dos empregados. Seria como colocar o lobo cuidar do cordeiro
Pensar a educação como um ato emancipador do ser humano, sempre foi pensamento de uma minoria pouco ouvida e valorizada. Nosso grande referencial da educação protagonista Paulo Freire foi e é pouco valorizado e reconhecido aqui no Brasil.
Por outro lado muitas iniciativas populares de educação são abortadas por não reconhecimento do poder publico e por apropriação e desvinculação de sua intencionalidade pelo estado brasileiro.
Nos últimos anos a sociedade brasileira principalmente no campo urbano pouco se falou da educação em seu sentido pleno e pedagógico, as grandes lutas dos professores se deu no campo da luta por melhoria de salários, a luta dos jovens no campo do aceso e melhoria das estruturas.
Podemos observar a debilidade da educação brasileira na deficiência de formação de intelectuais. Formou se muitos profissionais para o emprego, deixando um grande vácuo de carência de profissionais para trabalho, na compreensão do mesmo como exercício pedagógico emancipador do ser humano.
Se olharmos a divisão de responsabilidades da educação entre estados municípios e união veremos um resultado avassalador nos profissionais de cada situação que passa desde a desvalorização salarial carga horaria e oportunidade de estudar e profissionalizar.
O campo que mais discutiu educação desde uma perspectiva construtivista e emancipadora, foi os movimentos sociais do campo. Acredito ser um referencial na América Latina. Conseguimos avançar na construção de programas e leis que nos reconhecessem como sujeitos de direitos.
Por outro lado encontramos deficiência em discutir uma pauta unitária de classe de pensar a educação como instrumento de libertação da classe trabalhadora e fazer valer as leis conquistas. Ensaiamos fazer educação dentro de instituições totalmente burguesa que segui a cartilha do estado burguês e burocrático, que reproduz o pensamento das universidades tradicionais livrescas e dogmáticas ao pensar a ciência.
Nossas lutas foram valiosas, porém o estado democrático sentiu se no direito de apropriar de nossa pauta e desvirtuar nossa intencionalidade educativa. Os parâmetros avaliativos não resultam de acumulo histórico popular, se não que de uns acúmulos de alguns grupos vinculados a movimentos de educação da burguesia brasileira. Os analises de mudanças no ensino médio ou na educação básica tendo como referencia o IDEB não nos comtempla, uma vez que o mesmo é fruto do movimento todos pela educação que traz por trás bancos e empresas privadas, com intencionalidade mercantil na educação brasileira. Nossa critica se justifica uma vez que as provas do IDEB são pensadas de cima para baixo não dialoga com a realidade dos educandos.
A educação da pátria educadora tornou se um negocio, passando para o sistema S (SENAI, SEBRAE, SENAR), grande parte dos recursos para formação profissionalizante, como também disponibilizando recursos do ProUni as universidades particulares através da matriculas provenientes dos sistemas de classificação e matriculas de vagas proveniente do ENEM e SISU.
A logica da educação para o mercado de trabalho traz uma carga histórica a uma parte da sociedade, que não entendeu a importância da luta pela educação inclusive dos profissionais da área. Métodos e propostas feitas de cima para baixo são feito e implantado no sistema educacional Brasileiro e aceitado passivamente.
A educação a distancia deixou de ser uma ferramenta pedagógica de apoio e tornou se uma proposta pedagógica para atender adultos e adolescente, focalizada simplesmente na defesa da universalização do acesso e nas aberturas de oportunidades.
As propostas não inova o método de investigação de diálogo e de construção do conhecimento. Silenciosamente em muitos estado vem sido implantado a educação a distancia no ensino médio do campo ensinando nossa juventude não ter criticidade.
Na atual conjuntura muita gente quer discutir o tema educação. É uma oportunidade de estabelecer alianças e envolver a juventude no redesenho e na construção de seu futuro. Percebemos que a proposta feita pelo governo golpista inibi o diálogo e possibilidade de pensar.
A filosofia que nos permite olhar o que esta por traz da janela é um perigo para o sistema capitalista que escondem suas sujeiras debaixo do tapete, a sociologia é perigosa para os dominadores pois não podemos formar gente que pensa a sociedade e por consequência repensa sua existência. Por fim a arte é um perigo pois expressa a imaginação através das simbologias gráficas e escritas que ensaia desenha o futuro.
O momento a atual é critico e promissor abre uma oportunidade real da juventude se organizar e mobilizar. A pensar a educação como direito e como cultura que nos torna sujeitos e seres cultos capazes de pensar e reconstruir o rumo da historia.
Não queremos apenas defender a continuidade das disciplinas, é hora de construir a nossa contra hegemonia de pensar uma educação que nos educa que e não nos aliene. De criar politicas de formação de profissionais da educação.
De pensar uma educação que forme pensadores e arquitetos do futuro, que rompe as paredes estruturais das escolas e dialogue com as necessidades humanas, nas ruas, na roça, no trabalho, que permitam as crianças viver como crianças, os jovens como jovens e os adultos como adultos, cada sujeito em seu tempo histórico.
É momento de retomar a educação popular aprender com os livros e com a historia, de pessoas vividas que passaram momentos semelhantes ao atual.
Não existe receita, mas existe uma necessidade concreta de nos mobilizarmos pela escola de nossos sonhos, de não deixar perder o pouco que temos e da possibilidade de acumularmos para educação que queremos.
Queremos a escola com a cor seu povo de sua comunidade com sua cultura, com seus valores, uma escola sem cerca, sem fronteira uma escola como diz Rubens Alves que nos despertem a nossa capacidade de voar e ser livres.
Não queremos ser escravos, nem senhores, apenas arquitetos construtores e construtoras de nossa historia.
Por Luiz Carlos Sousa – MPA
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