AUTOR(A)
Damião RodriguesAUTOR(A)
Damião Rodrigues3 de dezembro de 2019
Por Damião Rodrigues*
Os números atuais sobre o uso de agrotóxicos no Brasil só consolida ainda mais o país como o maior consumidor desse mal no mundo, somente esse ano até a data da publicação deste texto o governo já liberou 439 novos tipos de agrotóxicos para ser usado pelo agronegócio brasileiro, desmontando a sua forte simpatia com esse modelo de agricultura que só pensam no lucro e ignora todas as discussões que envolve a grande problemática ambiental no Brasil e no mundo, bem como o alto índice de contaminação humana e mortes provocadas todos os dias em decorrentes do uso exagerado dessas substâncias.
É praticamente impossível calcular em números o grandioso prejuízo ao meio ambiente e saúde humana que o uso intensivo dos agrotóxicos nos próximos anos, já que por sua vez esse mal além de causar contaminações agudas é também um verdadeiro especialistas em contaminações crônicas e a verdadeira conta que todos nós tende a pagar e sofre na pele literalmente só poderemos saber daqui há alguns anos e pode ser mais terrível que possamos imaginar, tudo isso por conta que grande parte dessas substâncias novas que estão sendo liberadas ainda passa por um processo de análise dos seus reais impactos no meio ambiente e na vida humana.
Os rios brasileiro vem enfrentando um constante processo de contaminação de suas águas e atualmente essa contaminação só perde para um outro grande mal que é os esgotos que é despejados diariamente no leito desses rios, o contato dos agrotóxicos nessas águas vem ocorrendo tanto como o contato direto bem como através pelo uso excessivo no solo que de forma silenciosa vai sendo escoada pela terra, o contato dos agrotóxicos com essas águas provoca uma série de contaminação de toda vida aquática, contaminando principalmente peixes que esses sucessivamente é consumido pelo por nós que também acaba sendo contaminado e todo esse veneno ao longo dos anos vai sendo acumulado no nosso organismo e trazendo sérias complicações de saúde em um futuro não tão longe que muitas vezes acaba sendo irreversível e levando a morte.
Os números na saúde humana são crescentes anualmente e as principais vítimas são os trabalhadores da agriculturas que diariamente convive em contato com essas substâncias, por dia cerca de 14 trabalhadores sofrem intoxicações pelo uso de agrotóxicos no Brasil e cerca de 200 morrem por ano em decorrência desse mal, mais claro que esses números tende a ser maior devido a grande deficiência quanto se trata em notificar esses casos, muitos desses trabalhadores acabam não procurando um atendimento em hospitais e postos de saúde e quando procuram alguns desses estabelecimentos acabam não notificando nos seus prontuários o real motivo do problema de saúde daquele indivíduo bem como tantas outras pessoas que morrem diariamente em decorrência de doenças crônicas provocada pelo uso excessivo de agrotóxicos durante a sua vida e não é considerado no processo investigativo de seu tratamento.
Com o país vivendo um momento de grandes retrocesso de várias políticas públicas onde ao mesmo tempo que libera novos outros agrotóxicos a cada dia vem deixando de investir mais na saúde do trabalhador com cortes absurdos de verbas, exemplo disso é os CERESTE, ( centro de referência da saúde do trabalhador) criado em 2002 esse centros de referência tem como finalidade junto com o SUS dá um importante suporte aos trabalhadores e trabalh* Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores- MPAadoras como a prática de vigilância em saúde e capacitações, uma importante ferramenta para a diminuição de fatores de risco em exposições a práticas insalubres no seu trabalho, a ampliação dessa ferramenta é fundamental no termo de suporte técnicos principalmente para os trabalhadores da agricultura.
Por fim todos nós sabemos a grande relação que o homem tem com natureza e ao mesmo tempo que o meio ambiente vem sofrendo grandes modificações provocadas pelas inúmeras ameaças pelo modelo de exploração capitalista o ser humano como parte protagonista desse processo também enfrenta essas consequências, ficando a cada dia doente mentalmente, fisicamente e socialmente, deixando assim para as gerações próximas nossa casa comum um ambiente praticamente impossível de sobreviver nela.
* Militante do Movimento dos Pequenos Agricultores- MPA
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