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Comunicação MPA19 de março de 2018
Reza a lenda que na região da serra canastra em Minas Gerais habitava uma grande tribo indígena onde viviam muito felizes, nessa tribo havia uma linda guerreira, a índia Iatí onde a mesma era noiva de um grande guerreiro da tribo, certo dia o seu noivo teve que ir ser combatente de uma grande guerra junto com outros guerreiros da tribo, eles eram tantos que suas pisadas formaram um grandioso canyon de milhares de quilômetros, a partir desse dia que seu noivo foi embora a índia Iatí mergulhou em um choro constante com saudade do seu amado e suas lagrimas eram tantas que desceu do alto da serra formando uma grande cachoeira e assim percorrendo o leito do grande canyon até desembocar no mar, assim reza a lenda nascia o rio São Francisco.
Jamais poderia imaginar a índia Iatí que suas lagrimas de saudade se tornaria em um rio que por milhares de ano fosse o habitar de tantas outras tribos indígenas que a ele o batizaram de rio Opará que significa encontro do rio com o mar e por vários anos essas tribos preservaram e o tratou o seu Opará como parte fiel e fundamental para sua sobrevivência.
Com a chegada das caravelas Cabrália na sua foz no dia 04 de outubro de 1501 o rio Opará foi novamente batizado pelos portugueses de Rio São Francisco em homenagem ao santo do dia e anos depois chamado carinhosamente pelos ribeirinhos de velho Chico. As lagrimas da índia Iatí se tornou em um rio de várias vozes, um rio de lendas contadas e recontadas, um rio de melodias e poesias, um velho das canoas, dos pescadores e pescadoras, um rio que cantou suas melodias junto com os cânticos das lavadeiras de roupas eis um rio de religiosidades eis um rio de São Francisco.
Se há milhares de anos atrás as lagrimas da guerreira Iatí fez criar o velho Chico já mais imaginaria ela que após muitos anos quem mergulharia em um constante choro fosse esse próprio rio, não um choro de saudade mais sim um choro de sofrimento, um choro de quem sentiu na alma ver seu leio sendo modificado por conta de tantas barragens, um choro de quem sentiu suas águas sendo envenenada de tantos agrotóxicos jogados a ti, um profundo choro de quem sentiu suas veias sendo rompidas lhe provocando uma profunda hemorragia por uma tal transposição, eis também um choro de saudades do seu povo que aos poucos vai embora de suas margens, ou quem sabe um choro de saudades do negro d’água, da mãe d’água, da caipora e das carrancas. As lagrimas do velho Chico vai se misturando com as lagrimas do seu povo que chora de saudades de sua voz, e que suas lagrimas seja sinônimo de resistência, e também saiba meu velho que nós estaremos contigo até a sua última lagrima derramar e assim se tornarás um eterno rio de lagrimas.
Por Damião Rodrigues – MPA
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