O MPA nasceu no ano de 1996, como fruto histórico da crise econômica e social na agricultura brasileira produto da abertura neoliberal dos anos 90 e do esgotamento do movimento sindical de trabalhadores rurais como instrumento de representação e luta dos camponeses brasileiros. Confluíram para formar o movimento militantes oriundos do movimento sindical combativo, da teologia da libertação e do Partido dos Trabalhadores.
O MPA, assim como um rio, tem muitas nascentes, surgiu em vários lugares do país, na mesma época e, pelas mesmas razões, construído pela força da luta, pela pressão da base, pela vontade da militância e para mudar a situação vivida pela classe camponesa.
O fato que deflagrou este entendimento para os pequenos agricultores foi a Seca que castigou as plantações no final de 1995 e início de 1996 no Rio Grande do Sul. Enquanto os agricultores angustiavam-se com a perda total das plantações, dirigentes de Sindicatos e da Federação dos Trabalhadores faziam acordos entre si e conchavos políticos com os governantes da época para negociar soluções que nunca chegavam até a roça dos agricultores.
Houve um momento em que a indignação dos agricultores atingidos pela seca conseguiu sensibilizar alguns sindicalistas. Estes dirigentes tiveram a sensatez de ouvir o clamor da base. Articulou-se uma mobilização histórica pela Agricultura Camponesa no RS.
A Mobilização da Seca provocou uma avaliação profunda sobre o modo da atual organização dos camponeses e camponesas na época além de também revigorar o método de organização das lutas políticas.
Cinco foram os Acampamentos da Seca que se organizaram nos meses de janeiro e de fevereiro de 1996 no RS, reunindo mais de 25.000 pequenos agricultores. Ali germinou a semente do MPA.
O MPA Nasceu da pressão da base organizada; nasceu da luta dos agricultores e agricultoras para resistir na roça; nasceu para lutar pela mudança da Política Agrícola; lutar por Crédito Subsidiado e Seguro Agrícola. Nasceu para lutar e construir um Novo Modelo para Agricultura Brasileira.
A decisão de constituir o MPA como um Movimento Nacional deu-se em Brasília nos dias 12 e 13 de dezembro de 1998, com a presença de representantes de sete estados. Nesta reunião foi analisada a entrada violenta do neoliberalismo no campo e que tipo de reação os camponeses deviam desenvolver. As principais conclusões deste encontro fundador foram que as estruturas sindicais estavam viciadas, que as bases quando mobilizadas mostravam disposição de luta, que faltava trabalho de base, necessidade de desenvolver formas permanentes de lutas e que a organização popular devia se sobrepor a manutenção das estruturas. Decidiu-se nesta reunião construir um Movimento Nacional de Luta do Pequenos Agricultores com as seguintes características: lutas de massa; organização de base; formação política, ideológica e técnica; bandeiras simples, claras, objetivas e mobilizadoras.
Ao longo de sua história, o MPA desenvolveu 4 grandes atividades nacionais de caráter decisório envolvendo a base social e a militância. As três primeiras como Encontros Nacionais e a quarta como um Congresso do MPA, no ano de 2015.
O 1º Encontro Nacional do MPA ocorreu em maio de 2000, em Ronda Alta, Rio Grande do Sul reunindo cerca de 280 pessoas. Aqui se firmou a forma de organização pelos grupos de base, e a necessidade de formar militantes para o Movimento.
O 2o Encontro Nacional acontece em fevereiro de 2003 em Ouro Preto do Oeste, Rondônia, já com a presença de 17 estados. Se consolida as instancias organizativas, e a necessidade de estudar e sistematizar a luta, história e organização do campesinato brasileiro.
O 3º Encontro Nacional acontece em abril de 2010 em Vitória da Conquista, Bahia. Se fortalece o rosto jovem e feminino do MPA, avança no processo da construção do Plano Camponês como estratégia do Movimento.
O Congresso é a estancia máxima da Organização. Em outubro de 2015 realizou-se o 1° Congresso do MPA, em São Bernardo do Campo, São Paulo. O município sede fora escolhido por ter sido o palco das lutas operários por redemocratização e celebrar a consigna do MPA para o próximo período “Plano Camponês – Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”.
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