AUTOR(A)
Paulo MirandaAUTOR(A)
Paulo Miranda24 de agosto de 2024
Mais de 60 lideranças de 15 estados brasileiros participaram do evento em Brasília.
De 19 a 23 de agosto, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) realizou Seminário Nacional sobre os Impactos das Mudanças Climáticas e a Importância da Agroecologia na Promoção da Saúde Humana e Ambiental, em Brasília- DF, com a presença de mais de 60 lideranças de 15 estados brasileiros, com foco na nova geração camponesa para este florescer de novas sementes, agroecologia e saúde, campesinato e clima, biopoder camponês e a preservação das sementes criolas.
O evento envolveu mística e animação do Coletivo de Gênero e das regiões Amazônica, Nordeste, Sul e Sudeste; reunião de coletivos e de grupos de trabalho; palestras, debates, e presenças a distância ou presencial de convidados especiais, tais como, João Pedro Stédile, Ademar Bogo, Maureen Santos, Tatiana Oliveira, Ana Prestes, Frei Sérgio Gorgen e Larissa Packer.
As principais discussões giraram em torno da Biodiversidade e mudanças climáticas, Crise Climática, Cadeia Agroindustrial, Soberania Alimentar, Missão Josué de Castro, Parcerias com a Fiocruz, Agenda de Saúde e Agroecologia, Políticas públicas e o trabalho territorial; e sobre os esforços logísticos do MPA para realizar o 4° Encontro Nacional de Mulheres Camponesas, previsto para outubro deste ano em Salvador, na Bahia, com a presença de cerca de mil mulheres.
O 3º Encontro Nacional das Mulheres do MPA, sob o lema “Por Direitos e Soberania Alimentar, mulheres camponesas, avançar!”, contou com a presença de cerca de 60 camponesas, na sede da Contag – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, em Brasília, entre os dias 4 e 6 de novembro de 2022, representando mais de 10 estados do Brasil e a diversidade camponesa.
Para o Seminário Nacional sobre os Impactos das Mudanças Climáticas e a Importância da Agroecologia na Promoção da Saúde Humana e Ambiental, o MPA preparou e distribuiu uma cartilha com cerca de 40 páginas, pela qual denuncia as falsas soluções climáticas, pelo tal mercado de carbono, net zero e outras mentiras que mascaram o problema e desviam recursos de esforços verdadeiramente efetivos, como também duplicam a responsabilidade dos países e povos do Sul Global.
Outro texto importante trata da Biodiversidade e Mudanças Climáticas, apontando as lutas do MPA pelas sementes crioulas e por soberania alimentar. O MPA finaliza a cartilha com dois textos de suma importância contemporânea. O primeiro intitulado “o negócio da fome na América Latina” e o segundo leva o título de “Soberania popular sobre a produção e distribuição de alimentos”.
Todos os textos do documento são orientadores para debates nas bases do MPA e priorizam a organização camponesa, a partir dos objetivos principais do MPA na luta por direitos, terra e soberania alimentar.
A noite cultural foi animada por um trio tradicional de forró, um farto jantar e com as presenças da secretária da Mulher da CUT-DF, Thaísa Magalhães, do presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, e do Ministro-Conselheiro da Embaixada da Venezuela, Efrén Martín.
Em uma parada tática da festa, a Doutora em Serviço Social e Mestra em Desenvolvimento Regional, Letícia Chemini, lançou o livro “A questão Agrária no Capitalismo Dependente: elementos da questão social e a resistência do campesinato brasileiro”.
Ela é militante do MPA e trabalha a temática da questão agrária, com atuação junto aos movimentos sociais e sindicais do campo, que se estrutura por dentro de uma militância orgânica, política e técnica e que se conjuntura por meio de consultoria e assessoria na elaboração de projetos, captação de recursos, extensão rural, processos formativos, questão de gênero, conflitos agrários, reforma agrária, direitos sociais e trabalhistas, crimes ambientais, regularização fundiária, produção agroecológica e mobilização/organização coletiva do campesinato.
O final do evento contou com vários informes da militância do MPA, de vários cantos do país, com foco principal no programa “Arroz da Gente”, uma luta e uma vitória do MPA. Maria Cazé, veterana do movimento, fez um breve resumo do programa recém lançado pelo governo brasileiro com apoio dos movimentos sociais do campesinato, pelo qual aponta que cerca de 400 municípios já estão integrados a estratégia nacional para ampliação da produção de arroz da agricultura familiar, contando também com cerca de 10 mil famílias já cadastradas para a produção.
Ela revelou que o programa vai financiar Silo Secador e 50 colheitadeiras e que o programa vai além da produção de arroz, pois visa a realização de um diagnóstico da produção de arroz, feijão, mandioca e milho; resgate, multiplicação e distribuição de sementes crioulas; construção de um sistema de informações da produção da agricultura familiar, camponesa, povos indígenas, povos e comunidades tradicionais.
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